(...) Qual o único mamífero que continua mamando após ter dentes, e ainda mama leite de outra espécie? Nós! (...)
A Dra. Gisela Savioli, nutricionista clínica, escritora e apresentadora do Programa Mais Saúde, disse que o consumo da proteína do leite provoca aumento nos níveis de insulina (maior que o da glicose, por mais incrível que possa aparecer), fazendo com que a relação entre o hormônio de crescimento/fato de crescimento semelhante à insulina (IGF1) aumente consideravelmente no sangue. Esse hormônio (IGF-1) está envolvido com a regulação do crescimento fetal, maturação de células do sistema imune, crescimento e aparecimento de acne, aterosclerose, diabetes, obesidade, câncer e doenças neurodegenerativas. Isso nos sugere que o consumo de laticínios pode afetar a saúde humana nas diferentes fases da vida, promovendo o desenvolvimentode doenças crônicas. Vários estudos mostram a relação entre o consumo de leite de vaca e o câncer, principalmente de ovários, testículos e próstata, além de outras patologias, como doença de Parkinson, doenças cadiovasculares, artrite reumatoide, esclerose múltipla e até mesmo OSTEOPOROSE. Portanto, o consumo de leite de vaca deve ser avaliado com muito critério, considerando seus efeitos no organismo que dependerá da individualidade bioquímica de cada pessoa. Devemos, cada vez mais, observar o alimento como um todo e não apenas sob o ponto de vista de um aspecto isolado da sua qualidade nutricional, mesmo porque existem outras boas fontes de proteínas e cálcio na nossa alimentação. Tão importante quanto consumir cálcio é colocá-lo e fixá-lo nos ossos e, para isso, precisamos de magnésio e mais 24 nutrientes.
(Revista Canção Nova, Junho de 2010, + Vida, Pg. 13)